Eu costumo escutar das pessoas os
mais variados tipos de medo.
Entre eles medo da solidão, do
desemprego, da traição, de uma doença grave, de ser assaltado, medo de relacionamento...
O medo, na sua essência, faz
parte do nosso instinto de sobrevivência. É uma reação de proteção a uma
situação que represente perigo, é algo necessário para nossa preservação.
Mas o que percebo em algumas
histórias vai além disso.
Por exemplo uma pessoa que já se
relacionou várias vezes e a relação acabou mal, pode ter ficado marcada a ponto
de não conseguir mais investir em um novo projeto afetivo.
A partir de algumas experiências
com final infeliz, ela cria a crença de que todo o relacionamento acaba em
tristeza.
Nós fazemos muito isso, criamos
algumas crenças por medo.
É como se assim já definíssemos
que é melhor evitar tal situação, assim não sofremos de novo.
E por defesa acabamos não nos
dando mais a chance de uma boa experiência.
E o inverso também acontece.
Quem se convence, por exemplo, de
que é um ótimo profissional, passa a viver sem conflitos nessa área, e se não
tem conflito as coisas fluem.
Conheci muitas pessoas bem-sucedidas
na área afetiva, assim como na área profissional.
O que elas têm em comum é a
crença de que sempre pode dar certo.
Pensando assim, talvez a melhor
forma de enfrentarmos o que nos causa medo, é acreditar que a próxima história
poderá ser sim, diferente. E correr atrás da prova positiva.
Exercitar um olhar positivo pode
fazer muita diferença num novo passo, já que o fato de estar atento para a nova
situação pode permitir maior análise e cuidado no caminho.
Quando mudamos nosso jeito de
olhar para algo, automaticamente tudo sai diferente.
Se a percepção muda, muita coisa
pode mudar.
O segredo está em aprender a
analisar antes de cada escolha, seja na escolha de uma pessoa para se
relacionar, seja avaliando sem pressa se ambos são compatíveis, seja dando um
passo de cada vez, com clareza e mais consciência.
Sempre avaliando como agia antes, e que formas tem agora como opção para conduzir.
O problema está em sempre fazer
igual sem observar detalhes, sem medir consequências óbvias ou até mesmo, nesse
caso, se entregar sem olhar para o outro, sem perceber o que, muitas vezes,
está claro, como quando as diferenças são grandes demais, já que uma das bases
de uma relação é ter objetivos em comum.
Muitas vezes uma história que terminou
mal, já dava indícios disso desde o começo.
Assim como na escolha errada por
um tipo de carreira ou trabalho (que não tem nada a ver com nosso perfil) pode
sair pela culatra.
Precisamos aprender que fazer dar
certo depende somente de nossas atitudes e escolhas.
Não adianta colocar o medo na
frente e não agir com realismo.
Se fizermos assim, a chance de
dar certo pode aumentar e muito, evitando que a culpa seja da tal falta de sorte.
Rosangela Tavares
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