segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Quem quer virar chefe?


Em geral todo mundo quer liderar.

Porque liderar é como chefiar, talvez mandar, ou seja, ter certo poder.

Porque é da nossa natureza querer ter poder, já que ter poder está relacionado à idéia de possibilidade maior de realização, e também de ser importante.

Se sentir poderoso soa como se sentir forte, admirado, superior mesmo.

É como se quem tivesse poder pudesse tudo, pudesse realizar seus desejos sem limites.

É mais ou menos por aí.

Mas a posição de liderança (pensando nos dias de hoje no mundo profissional) exige muito.

Para começar, liderar é bom para quem tem perfil.

Quem não tem perfil pode se desgastar demais, acabar se sentindo desencaixado e até incapaz, quando a questão não é a incapacidade, mas não se identificar com a posição. E aí a coisa não flui, vira pesadelo.

Às vezes alguém assim pode ser bem-sucedido em outra posição e acima de tudo viver mais feliz trabalhando como gosta.

Liderar não é fácil.

A começar por ter que lidar com pessoas, cada com suas diferenças de temperamento, tolerância, dinamismo, comprometimento, lealdade.

Líder tem que lidar também com má vontade, irresponsabilidade, despreocupação por parte de quem ele precisa poder contar.

Líder precisa saber cobrar, precisa aprender como cobrar, precisa aprender que a dinâmica do elogio (merecido) pode funcionar muito mais do que a da crítica.

Líder tem que aprender a desculpar, pois dificilmente receberá as coisas exatamente como ele faria, pois cada um é cada um.

Líder precisa aprender a boa comunicação, já que pessoas diferentes pensam diferente, têm idéias diferentes e não podem adivinhar as coisas.

Líder tem que ser humilde para admitir que pode ter problemas de autoestima e se sentir vulnerável e afetado pelas opiniões negativas.

Tem que saber da importância de fazer um trabalho pessoal que traga autodesenvolvimento e mais capacidade de crescimento, autoconfiança, já que é modelo no dia a dia. E isso implica (e muito) em autoconhecimento.

Líder tem que ter visão, tem que estar presente, saber do que se passa.

Líder tem que aprender a ser aberto, a estar próximo com sinceridade, a ouvir com empatia e a compreender com flexibilidade.

Precisa ter conhecimento de que o medo (seu ou de quem o auxilia) pode ser um problema, um limite, um erro.

Sendo assim, um líder precisa conhecer seus medos e fazer algo sobre isso, assim como identificar se é uma figura que amedronta, o que é muito negativo.

Porque todo bom líder sabe que que seus ajudantes precisam ser, antes de mais nada, seus aliados, e, portanto, conquistados. E isso tem tudo a ver com trabalhar lado a lado.

Líder bem preparado sempre será aquele que consegue manter o equilíbrio entre todos os fatores acima, e bem resolvidamente lidar com as adversidades.

Liderar não é bolinho, não é ter a varinha mágica do sucesso, é uma batalha a preço alto, e só terá gosto para quem nasceu para isso.

Boa liderança para todos os líderes!


Rosangela Tavares

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O que é Solidão


Muita gente vive só e não se sente só.

Tem quem viva em meio a muita gente e se sinta desconectado.

Existe uma diferença entre estar sozinho e se sentir sozinho.

E existe outra diferença, entre se sentir sozinho e se sentir solitário.

Eu posso morar sozinho, trabalhar sozinho e não me sentir assim.

Se sentir sozinho tem a ver com a sensação de não estar acompanhado, de sentir falta de movimento, de companhia.

Se sentir solitário é algo mais profundo e tem sempre a ver com o interior de cada um e suas memórias, inclusive inconscientes.

Uma pessoa que se sente sozinha pode telefonar para um amigo e pedir para estarem juntos.

Pode providenciar a companhia de um animal de estimação e nessa troca afetiva resolver a sensação de não ter mais ninguém por perto.

Mas quem sente solidão vive um estado mais tristonho, de vazio, onde às vezes, mesmo tendo companhia, não elimina a solitude.

Muitas pessoas são solitárias em seus casamentos, relacionamentos, enquanto muitas vivem “solteiras” sem enfrentar a sensação de solidão.

Solidão pode ter a ver com fatores primitivos, desde a criança que viveu a solidão da ausência física dos pais por muito tempo, até a que foi realmente deixada de lado, isolada, desconsiderada. E assim levam a solidão como parte delas para a vida.

Solidão tem a ver com falta, carência, com um não preenchimento afetivo em algum nível, o que faz com que o sentimento de solidão seja contínuo, já que fica fazendo parte do emocional.

E o mais sério acontece quando se passa a buscar preenchimento para essa fenda antiga em elementos externos, vícios, compulsões, relacionamentos não selecionados, já que o vazio pode doer mais do que as contendas das experiências ruins.

Quem se sente solitário se sente longe do mundo, longe do amor. Se sente longe de ser querido.

É mais do que sozinho, é afastado, separado, desintegrado.

Quem se sente solitário em demasia pode sofrer muito, pode ficar deprimido.

A solidão pode ser tratada, abrandada, num trabalho por onde se consiga achar um sentido para sua existência (identificar para ressignificar).

Porque solidão é um sentimento sem rumo, uma falta que o material não preenche, é como um luto não resolvido.

É a sensação da companhia que nunca chega.

Estar sozinho pode ser produtivo, interessante e bom.

Mas se sentir solitário sempre, pode ser limitante e trazer prejuízos. E o maior deles é a infelicidade.

Rosangela Tavares


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Depressão - Alguém me ajude


É como se algo no mais profundo da alma estivesse errado

É como se na essência do Ser um fio tivesse se desconectado

Como se em algum momento algo tivesse se rompido

E as luzes tivessem se apagado

É como se uma enorme despedida, sem volta, tivesse acontecido

Alguma coisa muito importante ficou pelo caminho

Talvez tenha sido o sentido

Todas as forças se esgotaram

A voz não sai, a garganta não abre mais

O nível de dor já foi ultrapassado

O corpo e o mundo estão anestesiados

A dor física parece distante, não faz mais diferença

A fase de tentar se reerguer ficou para trás

A resignação atingiu o grau da vida

Só resta um marasmo, uma dor sem voz, a apatia e o cenário cinza

E quem sabe uma última fagulha

Acenando para quem conseguir compreender...

Rosangela Tavares


Desculpa aí!

Como seria para você, poder se estressar menos todos os dias?

Se for importante, então leia até o final.

Quantas vezes você se irrita logo de manhã?

Ficamos muito concentrados nas obrigações e horários, de forma que qualquer pequeno imprevisto nos atinge, desconcerta, aborrece, e já traz aquele pensamento: “Estou vendo que o dia vai ser daqueles”.

E nos deixamos afetar tanto com as pequenas falhas dos outros, que elas tomam uma proporção enorme, e a gente "se acaba" de nervoso.

Mas, peraí, e as falhas que a gente também comete num dia?

Quando avançamos ansiosos na oportunidade de entrar com o carro, como se nosso tempo fosse mais precioso do que o do outro, e o outro permite, parando para que passemos.

Quando esquecemos daquela consulta e ligamos para remarcar, e somos atendidos com educação, sem retruques, ou então quando temos que confessar ao médico que não seguimos nada da orientação que foi dada, e recebemos compreensão e ainda nova orientação.

Quando cometemos uma falha no trabalho e o chefe apenas nos aponta, sem agredir.

Quando nervosos, “descontamos” no colega um problema, e este releva, não deixando de falar conosco.

Ou então quando chegamos em casa exaustos e não oferecemos o sorriso que nossa família merecia, mas mesmo assim ganhamos um abraço verdadeiro.

Somos desculpados muitas vezes num só dia, só não prestamos atenção no quanto.

E não percebemos que, no fundo, as pessoas que nos desculparam foram grandes.

E no quanto quem desculpa tem a ganhar, porque não gasta energia, não sofre amargando o erro do outro, relaxa e segue em paz.

Desculpar é positivo e saudável, é emocionalmente inteligente, só faz bem.

É uma questão de mudar a postura, de treinar o "deixa para lá".

Então, aprendamos a olhar as coisas por outro ângulo, já que todo mundo está no mesmo barco da correria e compromissos.

Faça isso por você, pelo seu humor e saúde.

Treine não se estressar!

Você pode começar por manter esta consciência, apenas lembrando, todos os dias de manhã, que existe esta opção.

E parta com a disposição para ficar bem.

Escolha ficar bem! 

Você não durará um século mais, lembre-se de aproveitar sua vida.

Assim poderá ter um dia melhor, um mundo melhor, é só uma questão de troca de desculpas, sem estresse, sem raiva, com consciência e muitos ganhos.


Rosangela Tavares


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Aprendendo a dizer NÃO


Tem pessoas que não tem o menor problema em dizer não.

Tem outras que dizem, mas sai um não sem graça, com esforço, vergonha.

Já outras dizem sim e ficam entaladas, com raiva de si mesmas por não terem conseguido se posicionar e dizer o verdadeiro não de que gostariam.

Dizer não pode ser difícil, pode ser fácil, pode ser normal.

A diferença está dentro de quem vai pronunciá-lo.

Geralmente se tem a crença de que dizer não é sempre ruim, e que sempre soará como grosseria ou indelicadeza.

Mas um não não precisa sair com tom de descortesia. Nesse caso o tom faz toda a diferença.

Eu posso, por exemplo, soltar um não até em tom de brincadeira, sorrindo, numa afirmação segura.

É preciso que se aprenda a usar o não com sensibilidade, já que um não coerente pode ajudar muito, e não enganar ninguém.

Porque dizer não significa, num primeiro momento, contrariar o outro, chatear o outro, frustrar a outra pessoa, então temos medo.

Dizer não requer segurança, coragem, ou seja, o não flui na ausência de medo.

Quando alguém não consegue dizer não, pode significar que tem medo do julgamento do outro, quando imagina sempre que o outro se chateará, ficará com raiva, deixará de querer bem.

Sendo assim, no fundo mesmo, quem não sabe dizer não tem medo da rejeição do outro.

Mas na vida não é possível viver dizendo sim para tudo.

Quando dizemos sim para tudo, estamos passando por cima de nós, estamos deixando de existir.

De que adianta deixar o outro contente e ficar remoendo a falta de pulso?

Quem não tem medo de dizer não, e o faz com tranquilidade, indica que não tem insegurança em relação a ser querido e aceito (“Se o outro não souber receber o não, é um problema dele”).

Porque assim como os nossos pais, dizer não pode significar amar e se preocupar. Ser sincero e honesto.

Então quando sofremos para dizer não, e as consequências dessa insegurança, temos que analisar o que há em nós, que nos impede de ter a segurança da nossa posição sobre algo.

Toda a vez que você disser um não contrariado, estará anulando a você mesmo, e você deve se perguntar em nome de quê está fazendo isso.

É medo de perder o amor do outro?

Enquanto isso você leva para casa a sensação de não ser forte, se autocriticando.

O segredo está em fazer uma autoanálise e tentar identificar a fragilidade.

A fantasia pode estar em dizer não, perder a amizade e acabar sozinho.

Mas os que sabem dizer não não estão necessariamente sozinhos por causa disso.

Quem diz não com despreocupação tem a certeza de ser aceito sempre, é bem resolvido com relação à sua posição e a dos outros nas coisas, não tem receio de ficar sozinho, porque provavelmente se sente bem constituído, e se basta.

Sendo assim, dizer não pode ser como dizer sim, porque o importante é que cada um tenha autoconfiança e se respeite, e considere que sua própria opinião tem importância também.


E “que se vire” quem tiver que ouvir um não!

Rosangela Tavares


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Agora não dá mais tempo...


Na faculdade de Psicologia, um dos meus colegas era uma senhora de setenta anos.

Quando se é pequeno, ainda não se tem medo da vida.

Então se vai arriscando, vivendo e acreditando.

Até que os revezes começam a mostrar que nem tudo é tão suplantável.

E muitas vezes, sonhos terão que ser abdicados, adiados, sublimados...

Muitos terão energia para se rebelar e provar que pode ser diferente.

Alguns tentarão até o fim.

Outros tantos seguirão culpando os Céus.

A frustração é uma das coisas mais duras de se viver.

E é dos sentimentos mais impactantes que se pode experimentar e carregar.

A frustração é o “NÃO!”, que a vida grita. E fere, irrita, contraria os melhores desejos.

É das imposições mais duras.

E em muitos casos os obstáculos serão reais e irresolúveis (?).

Em outros, o desaponto funcionará como justificativa para um resto de vida de lamentação e auto piedade, quando não se puder perceber a inautenticidade do desejo, a crença inconsciente na incapacidade, ou então a existência de um não merecimento cravejado fundo, pelos processos difíceis da infância.

Muitos desperdiçarão fardos de energia em sua viagem, quando não puderem captar que a aspiração não era mais que um devaneio, mera ilusão da idade.

Muitos culparão a passagem do tempo, por ser menos árduo do que enfrentar o desgaste na batalha pelo tão pregado sonho.

Dirão que o tempo levou a vontade, desfez a possibilidade.

Mas o tempo não é tão maldoso assim.

Não mais do que as nossas insuficiências internas, que podem ser enfrentadas, mostrando mais uma lição da vida nos bons resultados.

Hoje aquela senhora do curso de Psicologia deve estar nos seus 85 anos.

Creio que ela tenha descoberto como é ultrapassar uma reta final. Deve ter valido a pena.

Porque os sonhos são como jóias: se legítimos, são lindos e caros.


De qualquer forma, quando se conseguir ter a clareza e a certeza de que os esforços e aprendizados sempre valem a pena, e que sempre existirão formas de se dar a volta por outros cursos, então se poderá contornar o tropeço, manter-se menos emburrado com a vida, descobrindo que numa pequena receita pode caber o ingresso para um sonho genuíno: fé em si mesmo, aceitação e disposição sem limites.

Rosangela Tavares



segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Eu como para viver


Comer é muito bom, todos sabemos.

A diferença pode estar em comer ou saborear, em nutrir ou preencher.

A gente come porque precisa abastecer nosso organismo com coisas boas.

O problema é quando comer vira busca para preencher vazio, para ter prazer na vida, principalmente quando fora do momento de comer não existe quase prazer.

Pessoas de sobrepeso em geral precisam mais comer do que se alimentar, emocionalmente falando.

Elas podem viver por dentro uma insatisfação em algum nível, onde a preocupação sobre o peso, por um momento, é menor, dói menos.

Muitos nem se deram conta dessa insatisfação no nível da emoção, que gera a dependência.

Comer por necessidade emocional é triste, é como se o prazer só durasse o momento de estar ingerindo coisas gostosas.

E geralmente são coisas de muito sabor, seja gordura, ou o doce, porque em algum ponto lá dentro existe um espaço para ser preenchido. Um espaço ocupado pela falta, pela insatisfação.

E quando acaba aquele momento, quem comeu se vê ansioso, culpado, mal, e buscará a comida de novo, assim que conseguir, para fugir, se deleitar, num ciclo vicioso.

Quem come por fundo de carência ou sofrimento, come para viver. Para conseguir viver. Só que age pelo caminho errado. A comida digere, acaba, a carência não.

É preciso se tratar por dentro, descobrir onde ficou o registro da falta, da desnutrição pelo carinho, pela falta de amor, ou seja o que for.

Onde se formou um buraco no coração, que foi parar no estômago.

É preciso descobrir se há crenças de não-merecimento, de culpa, baixa autoestima, que justificaria o fazer mal a si mesmo de alguma forma, acabar com a saúde, se entregar. Porque se cuidar é se amar.

Obesidade pode ser acúmulo, acúmulo de memórias inconscientes e doloridas, velhos conteúdos reprimidos, lutos não elaborados, defesas. Porque a gordura também é uma casca que protege, esconde, que defende.

A satisfação e o contentamento precisam estar antes no peito, no íntimo.

Quando a clareza e a harmonia interior superarem os impulsos da ânsia pelo preenchimento, então a vida muda, e comer passa a ser apenas um prazer na medida de um prato. O resto do prazer está na alma.


Rosangela Tavares 

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Ah, eu sou assim mesmo!


Quando a gente tem alma de psicólogo, a gente observa o mundo com uma visão um pouquinho diferente. A gente observa analisando, sem crítica ou julgamento, apenas analisando as diferenças entre os elementos da vida, das pessoas, do mundo como um todo.

É estarrecedor ver o quanto existe um comportamento de conformismo entre os seres humanos.

É como se dissessem para si: “Ah, eu sou assim mesmo, é a vida...”

Às vezes eu fico assustada de ver tanta inadequação, conflito e sofrimento nas vidas, e vejo as pessoas apenas vivendo por viver, levando o dia a dia como se o desequilíbrio, a dor (emocional e física) e os problemas (emocionais, relacionais, de saúde) fossem normais.

Pessoas que não se encontraram ainda, que vivem relacionamentos difíceis e desajustados, em nome do medo da solidão, porque não aprenderam a se amar o suficiente para estarem felizes sozinhas, e assim atraírem alguém tão feliz quanto. Possuem tantos medos e bloqueios que não conhecem, e escolhem inconscientemente pessoas que trazem mais sofrimento para seus mundos.

Pessoas que vivem solitárias por defesa, porque criaram suas teorias sobre “amar é sofrer”, ou “família é só problemas”, quando sofreram no passado, e se traumatizaram.

Se pudessem resolver os seus passados, ressignificar as experiências, teriam a chance de serem felizes ao lado de alguém e de sua própria família. Porque amar não é sofrer. Pelo contrário, amar é dividir a felicidade da vida.

Vejo pessoas que não sabem o que gostariam de fazer, não tem sonhos, trabalham insatisfeitas, e não sabem ao menos responder à pergunta sobre o que realmente as realizaria profissionalmente. Não conhecem o que as preencheria de verdade, porque na verdade nem conhecem a si mesmas, não sabem com o que se identificam.

Pessoas com autoestimas cheias de buracos, infâncias difíceis, crenças rígidas sobre sofrimentos imutáveis, acreditando que felicidade é fantasia.

É como se viver com um vazio no peito, desgaste e infelicidade fosse algo a se aceitar, simplesmente aceitar e deixar a vida passar.

E se conformam, e o tempo vai passando, e a vida vai se perdendo...

É uma pena que a palavra autoconhecimento pareça apenas um termo entre muitas letras num livro de autoajuda, quando poderia ser a solução para uma vida. Para muitas vidas.

Quando publico um texto, o publico com todo o coração.

Ainda tenho a esperança de que muitos despertem e descubram o infinito de recursos que existem para reformarem as suas vidas, seus interiores.

Para isso nós, profissionais que amamos o que fazemos, que nos realizamos na transformação de vidas, estamos aqui, bastando que se disponham a modificar seus preceitos, seus jeitos, seus modelos.

Porque a vida acontece dentro de nós.

Rosangela Tavares



quarta-feira, 29 de abril de 2015

Chega logo sexta!


Chega logo sexta!

Chega logo amanhã, chega logo a distância do hoje.

Vejo as pessoas almejando os últimos dias da semana, e no início da próxima o ciclo se repete.

Mas...e o hoje?

Você não é feliz hoje?

Você não gosta do que faz hoje?

Você não tem motivos para estar feliz no presente?

Como sempre escrevo, a felicidade é muito mais um estado interior. E ela pode estar apenas na paz, no equilíbrio, na vida mais preenchida.

E o que você faz para ser feliz e entusiasmado naturalmente?

Porque quando precisamos de incentivos externos para vivermos bem, então não estamos sendo espontaneamente felizes. Estamos procurando motivações do lado de fora para termos prazer. Estamos nos agarrando numa idéia futura para aguentar o agora.

E é claro que não é uma questão de dia de semana.

Se a vida só vale a pena na espera pela festa, alguma coisa pode estar errada em relação à alegria (verdadeira) de viver.

Talvez haja uma dificuldade em admitir que não faz se o que gosta, e seja imensamente difícil encarar a frustração de não ter batalhado o que queria, mesmo ainda tendo tempo para isso, porque ter tempo é igual a estar vivo, se estamos vivos, ainda dá tempo.

Talvez haja um desânimo por não estar se relacionando afetivamente com alguém, e assim o que vale é a “Hora-Feliz” diante de uma bebida com os amigos.

Mas e depois? E os minutos que você vive só com você, enquanto trabalha? Enquanto vai para casa no final do dia? Quando vai dormir?

Enquanto isso a vida vai passando.

A satisfação não tem dia da semana, nem época, nem hora.

É maravilhoso quando ela faz parte de nós.

Talvez a mudança tenha que ser feita no nosso calendário do coração, dos sentimentos, dos desejos autênticos e a batalha por eles, dos objetivos que realmente nos levarão a motivos que podem preencher com motivação e alegria...todos os dias.

Rosangela Tavares


Não me julgue mal


Parece que deixar de julgar está entre as coisas mais difíceis do nosso comportamento.

Nós julgamos o tempo todo.

Julgamos ao maldizer o motorista que nos ultrapassou rapidamente logo de manhã, quando íamos para o trabalho. Não tivemos como saber, por exemplo, que ele corria com alguém para o hospital.

Julgamos quando não conhecemos alguém de perto, e nos deixamos comentar: “O fulano é tão estranho, ele parece ser muito antipático”.

Julgar é exatamente isso: tirar conclusões e definir coisas diante de aparências.

Quem já não teve um bom amigo, que a princípio lhe pareceu uma pessoa tão diferente?

Quando julgamos, podemos estar rotulando, e quando rotulamos fechamos as possibilidades para considerar positivamente, realmente, conforme a realidade for se colocando.

E quantas conclusões erradas poderemos tirar, em qualquer tipo de situação.

Quantos erros poderemos cometer concluindo diante de impressões superficiais.

Quanto sofrimento poderemos viver em vão, padecendo por algo que não era real, que apenas parecia.

Julgar pode ser perda de tempo, de energia.

É dispender de emoções e sentimentos antecipadamente.

É falar sem ter certeza, achar sem ter confirmações.

É importante que aprendamos a prestar atenção no quanto tendemos a julgar, e em geral, para o mal. Poucas vezes julgamos para o bem. Parece algo cultural, costumeiro, contagioso.

Exercitar o não julgar é um exercício benéfico, algo que pode permitir nos conhecermos mais a fundo, observarmos como funcionamos, pode fazer-nos crescer e nos sentirmos melhores. Pode nos amadurecer.

Pense nisso.

Tente observar as vezes em que julgar, e registre o número de erros que cometerá.

Deixemos para os juízes a laboriosa função de julgar. Eles precisam, nós não.

Rosangela Tavares


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Eu quero a minha mãe


Existe um comportamento, um funcionamento involuntário e inconsciente chamado Regressão. É quando por algum motivo regredimos emocionalmente.

É um mecanismo interno nosso, que se refere a voltar a estágios anteriores no nosso desenvolvimento emocional.

As crianças podem regredir quando nasce um irmãozinho. Elas podem se ressentir pela ausência da mãe, e pelo medo de não serem mais queridas como antes, e tendem a apresentar comportamento de bebê, voltando a pedir a mamadeira, a falar errado.

Isso significa que diante de uma dificuldade, houve uma regressão.

E isso pode acontecer para os adultos também.

Muitas vezes é num nível em que a pessoa não percebe claramente, a não ser que se conheça mais profundamente, que preste atenção para identificar.

Diante de um golpe duro na vida, uma separação, um desafio que oferece medo, alguém pode ser acometido por uma sensação de impotência, desânimo, e às vezes chega mesmo a dizer: “Precisava de um colo nesse momento”.

E não é à toa que se refira ao colo.

É comum ouvirmos: “Não tenho vontade nem de sair da cama”, como se se quisesse ficar embrulhado, escondido, protegido do mundo lá fora.

Quando alguém se acha em grande sofrimento, pode se colocar literalmente na posição fetal, abraçando os joelhos, se encolhendo, querendo no fundo, voltar para o útero, lugar mais “perfeito”, onde não existe esforço, e o afago é por inteiro, a proteção é total, a tranquilidade é absoluta.

Diante das dores emoções antigas podem voltar, inclusive lembranças, memórias de outras fases da vida, primitivas.

É o nosso interior, desejando fugir da dor, da angústia. Desejando que alguém pudesse agir como uma mãe faria, resguardando, defendendo, resolvendo por nós.

Todo esse processo pode acontecer em situações mais difíceis da vida. Caso a pessoa passe a se sentir assim frequentemente, até mesmo diante de coisas corriqueiras, então seria adequado uma intervenção, um tratamento psicoterápico ou outro, já que pode ser um sinal de que registros de alguma vivência traumática, não resolvida, esteja refletindo no agora, de forma que pode chegar a atrapalhar o dia a dia, o desenvolvimento pessoal.

Há pessoas que chegam ao ponto de não conseguirem mais prosseguir sozinhas, como se não tivessem mais forças para lidar com o “mundo adulto”, entram num estado mais depressivo, e pode ser um quadro sério se não for tratado.

Querer a mãe em momentos da vida, e relembrar como era bom o seu colo, é natural.

O que não pode ser saudável é querer literalmente fugir do mundo, da vida, como se não tivesse recursos desenvolvidos para lidar. Então é bom procurar ajuda.

Rosangela Tavares






sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Inconsciente e a importância do autoconhecimento


O Inconsciente é uma "ala" dentro da nossa estrutura mental. 

É subjetiva, como tudo o que tem a ver com nossa mente e pensamentos.

Ele é como um baú, um arquivo com espaço infinito para os nossos registros.

O mais interessante sobre o baú do Inconsciente, é que dentro dele as memórias giram, elas são atemporais.

E isso pode ser o mais interessante, mais importante, e mais perigoso também.

Tudo o que vivemos, cada sensação, cada impressão de cada segundo experimentado estará guardado ali, com menos ou mais energia, significado e força, mas estará.

E esse processo inclui nossas memórias e sensações desde a condição intra-uterina, isso já foi estudado e comprovado teoricamente.

Mas o que vai fazer toda a diferença para a nossa vida e saúde emocional, é a qualidade desses registros, pois bons ou ruins, suas impressões poderão emergir em momentos da vida, vibrando e interferindo no nosso presente, mesmo que não queiramos.

Muitas vezes não nos conheceremos o suficiente para identificar que aquela dificuldade diante de um desafio profissional teria a ver com uma vivência antiga da escola, quando uma professora fez tudo ser mais difícil.

Não conseguimos identificar que o fato de não conseguirmos um bom relacionamento afetivo tem a ver com um juramento inconsciente feito por nós mesmos, quando éramos muito pequenos e vimos os nossos pais brigarem feio sempre.

Não conseguimos relacionar o medo de crescer e assumir a própria vida, com a velha frase do pai, que repetia há muito tempo atrás: “Aproveite mesmo a infância, porque ser adulto é só problema”.

Nesse sentido o autoconhecimento, a busca pelo sentido de como somos a fundo, pode fazer muita diferença.

Quando passamos a entender com detalhes as emoções inexplicáveis de agora, as dores (emocionais) que surgem sem sabermos por que, então podemos compreender a relação entre os registros, e os porquês dos medos, dos conflitos, dos pânicos, das limitações.

O Inconsciente não perdoa, ele funciona implacavelmente, registrando nossos passos, e em qualquer tempo elementos dele se relacionarão de perto com o nosso presente.

Somos de certa forma escravos de um Inconsciente.

A boa notícia é que ele faz parte de nós, e que existem meios de conhecê-lo, desvendá-lo, entendê-lo melhor, e de certa forma interagir mais amigavelmente com ele, à medida que nos desenvolvemos.

E para isso o autoconhecimento sempre será o caminho mais efetivo, que nos dará recursos e instrumentos para isso.

Quem não conhece essa parte de nós, tão complexa, gigante e real, corre o risco de, como se diz popularmente, apanhar sem saber por que.


Rosangela Tavares

Os benefícios reais do pensamento positivo



Positivismo logicamente é o contrário do negativismo.

E por que será que se prega tanto o ser positivo como solução para ser mais feliz?

Estar numa posição positiva diante da vida, é antes de mais nada, estar vivendo sem medo.

Porque no fundo, ficar negativo é manter a impressão de que algo (ou quase tudo) pode dar errado, que se terá surpresas ruins, notícias más, ou seja, que haverá sofrimento inevitável.

E esse estado e sensação podem nos acometer quando vivemos fases difíceis, e criamos sem querer uma teoria interna, de que a vida não é boa, que não vale a pena, que nada é fácil, que tudo sempre sai errado.

Por isso precisamos tanto nos conhecer melhor, estarmos atentos às nossas reações e comportamentos de sempre, para podermos modificar as repetições negativas, pois a verdade é que todos os dias somos uma versão nova de nós mesmos, todos os dias podemos aprender a agir diferentemente, para obter resultados melhores. E assim vamos criando autoconfiança, acreditando que podemos mais. Vamos mudando a teoria da impotência.

E quando se vive sem medo, é mais fácil acreditar que tudo está bem, e que se manterá bem, já que não há o que temer, já que somos capazes.

Ser positivo é estar equilibrado, estar bem, e de uma forma mais profunda, estar vivendo sem conflitos, sem medos, o que nos deixa em segurança, o que nos deixa plenos.

Ser positivo é ser feliz, é conseguir olhar para a vida sem as lentes do receio, da preocupação e ansiedade por algo ruim.


Conseguir a condição interna de pessoa positiva é uma grande conquista, que contribuirá para uma vida de satisfação e qualidade, física e emocional.


Rosangela Tavares



quinta-feira, 23 de abril de 2015

Vazio interior


Ouvimos muito falar em vazio, vazio interior, vazio emocional, vazio que não se sabe explicar.

O sentimento de vazio na vida é algo muito significativo, e deveria ser levado em consideração muito mais do que geralmente é.

Sentimento de vazio sugere insatisfação, carência, infelicidade, solidão, insaciabilidade, tristeza, depressão.

O vazio pode estar ligado a muitas coisas.

Alguém que perdeu algo importante na vida pode ficar com o sentimento de vazio, como não ter mais aquela pessoa querida, o animal de estimação, o emprego que amava, a casa onde morou desde a infância.

E vazio pode ter a ver com outros aspectos, como quando alguém não encontra sua vocação profissional, não trabalha no que gosta, se sente infeliz sem saber no que realmente se realizaria. E fica a sensação de vazio, de não saber que caminho tomar para mudar de vida.

E tem o vazio mais profundo, aquele que algumas pessoas descrevem como algo que as acompanha desde que se lembram, desde que eram pequenas.
Nesse caso podemos pensar numa criança que não teve o suporte emocional de que precisava, seja da mãe, dos pais, da família. Muitas pessoas contam sobre um vazio imenso ao lembrar de como a mãe era ausente (emocionalmente e/ou fisicamente), do quanto se sentiram sozinhas e desamparadas, do quanto não tiveram com quem contar, tenha sido pela repressão vivida em casa, ou pela falta de condição dos pais darem mais continência, de ouvirem, de acompanharem, de darem colo. Muitas vezes os pais nem tiveram ciência dessa necessidade por parte da criança, do quanto eles lhe faltaram.

E é como essas pessoas dizem se sentirem até hoje, em falta, carregando um sentimento de não completude, de carência, de que lhes falta alguma coisa.
Vemos muitos casos em que se procura o preenchimento em outra pessoa, às vezes até numa relação que não é boa, mas que traz em algum nível a idéia de não estar sozinho, no vazio.

Pessoas procuram como companhia a bebida, o cigarro, os excessos.

Tem as pessoas que conseguem crescer profissionalmente, como os velhos famosos, que ganham muito dinheiro, se casam, e mesmo assim parecem continuar a carregar um vazio tão grande que acabam por pôr um fim à vida, às vezes propositalmente, quando não definham nos abusos do que faz mal.

O vazio pode ser um incômodo constante, um oco, um buraco no emocional.

E todo o vazio tem a sua razão de ser.

Quando se pode dar conta de que o vazio existe dentro de si, e se pode trabalhar e analisar de onde pode vir, fica menos difícil intervir, de forma a amenizá-lo, entendendo melhor  em que área se encontra,  e assim poder aceitar, e então trabalhar, elaborar, para poder tentar de alguma forma transformar a “perda” antiga, atualizando a representação da vida, encontrando recursos e formas de lidar e até preencher o velho vazio.

Rosangela Tavares


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sofrimento



Existe um princípio de funcionamento nosso, chamado Princípio do Prazer.

O Princípio do Prazer é algo que faz parte da nossa natureza, da nossa atividade central, assim como existe o nosso instinto de sobrevivência.

Desde que nos formamos, já vivemos pelo Princípio do Prazer, que consiste no impulso de buscar o prazer toda a vez que surge um desprazer, um incômodo.
O bebê chora assim que qualquer desprazer surge.

Nós buscamos acabar com desprazer a cada vez que sentimos sede, fome, saudade, dor, frio, calor, raiva...

E ao desconforto mais intenso podemos chamar de sofrimento.

Toda a vez que estamos em sofrimento, reagimos de alguma forma, seja chorando, falando, entristecendo, dormindo, nos irritando, adoecendo.

Sempre existirão os sofrimentos que poderemos tratar, amenizar, evitar, lidar de jeitos diferentes.

De qualquer forma o que mais importa na questão do sofrimento é o quanto temos capacidade para reagir positivamente, buscando saídas, ao invés de nos recolhermos, nos fecharmos, acabando por cair em depressão e angústia, ou ficarmos levando uma vida sem graça, vivendo por viver.

O que mais importa aqui, é a busca pelo prazer, por viver feliz.

Muitas vezes quem está em grande sofrimento mal consegue ter a clareza sobre qual caminho tomar, mas independente disso, em geral sempre haverá um caminho para a mudança.

Algumas pessoas se acostumam a um estado de sofreguidão, e vão seguindo, se lamentando todo o tempo, mas não fazem nenhum movimento para a mudança. E por incrível que pareça, algumas delas precisam desse sofrimento, pois é o sentido que deram para suas vidas.

Aprender a lidar com o sofrimento é algo que alcançamos quando criamos recursos internos, que são descobertos e desenvolvidos a partir do autoconhecimento.

A Psicoterapia, por exemplo, é um dos caminhos para este trabalho.
Quanto mais nos conhecemos, mais temos condições de estar preparados para lidar com os processos da vida.

Sofrer pode ser uma escolha, mas é importante termos claro, que só depende de nós para encontrarmos o alívio. 

Escolher a dor nem sempre vale a pena.

Rosangela Tavares




























































quinta-feira, 16 de abril de 2015

Angústia de separação


O Transtorno de Ansiedade de Separação (Angústia de Separação) leva a um estado de muita sofreguidão.

Transtorno de Ansiedade de Separação é o nome que se dá ao quadro de sofrimento emocional exagerado relacionado a separações.

As crianças normalmente passam pela dificuldade de se separarem dos pais, da casa, quando vão para a escola, ou para lugares quando ainda não experimentaram ficar longe da família. É normal. Os bebês em algumas fases também experimentam sofrimento diante do distanciamento da mãe.

Mas o Transtorno de Ansiedade de Separação é algo que se instala, e é mais intenso e sério.

Esse quadro advém de situações traumáticas vividas, que incluem separações bruscas, significativas e extremamente doloridas, ou qualquer situação que represente uma separação sofrida, de marcas profundas.

Nesse sentido podemos estar falando, por exemplo, de uma separação entre mãe e filho (a mãe abandonou, a mãe morreu, a mãe deixava no berço por longos períodos, a ponto da criança angustiar-se terrivelmente), e outras situações que podem ocorrer não só com crianças.

A pessoa que sofre desse transtorno vive uma ansiedade muito alta diante de qualquer situação que signifique rompimento. E junto vem o medo, o pavor.

É como se, em cada vez que ela precisasse se separar, a angústia da velha experiência retornasse, com a força do trauma.

A angústia pode ser tão intensa que a pessoa tem problemas até para se separar de coisas negativas, de uma fase ruim, de alguém que não lhe faz bem, pois o pânico está acima das circunstâncias, o trauma maior é o desenlace, a despedida, mesmo que seja se separar de um problema.

Uma pessoa que vive este quadro, pode chegar a tomar qualquer tipo de atitude extrema para não enfrentar uma separação, até mesmo em situações corriqueiras. Ela pode, por exemplo, se machucar propositalmente numa viagem, buscando um meio de não ter que regressar, se despedindo da viagem.

Alguém assim pode amanhecer num Domingo já angustiado e deprimido, ao imaginar que no final do dia se despedirá do fim de semana, dos amigos ou do namorado.

Muitas vezes a causa está na infância, mas a pessoa pode levar isso para a vida, projetando a antiga vivência nas situações da vida em geral, com um fundo de angústia exacerbado.

É claro que estamos falando de situações extremas, mas o Transtorno é bem isso, o resultado de um trauma causado por uma experiência avassaladora (emocionalmente falando), relacionada a uma separação em algum tempo.

O quadro requer tratamento psicoterapêutico, já que as separações fazem parte do nosso cotidiano e da nossa vida, e viver assim pode acarretar outros desequilíbrios e até somatizações.

Rosangela Tavares