Que raiva que dá quando queremos demais alguma coisa e não
podemos.
Que raiva que dá quando damos de cara com uma situação onde
não podemos fazer nada e temos que aguentar a condição que o outro impôs, ou
que a vida impôs.
Raiva é esse sentimento forte, que quando nos toma parece
que se sobrepõe a tudo o que sentimos.
Às vezes a gente fica com tanta raiva, que não consegue nem
raciocinar.
Às vezes sentimos raiva da gente mesmo, e ficamos piores
ainda.
Raiva é isso.
É uma carga de energia que se junta no nosso emocional a
partir de uma circunstância onde
somos contrariados e impedidos de atuar a nosso favor.
Os nossos primeiros acessos de raiva são na infância, quando
ouvimos “não pode”.
E a gente explode de raiva, chora e esperneia, diante da
total impotência: “Que raiva que não pode ser como eu quero!!!”
E quando a gente cresce, até consegue entender que algumas
coisas não podemos mesmo mudar.
Então socialmente conseguimos “nos comportar” e levamos a
raiva no peito e na garganta.
Porque ninguém consegue extinguir o processo do sentimento
de raiva, ele é natural.
O legal de entender melhor sobre a raiva é que assim podemos
esclarecer que sentir raiva não precisa levar à culpa.
Ninguém tem culpa ao ser acometido por ela. Faz parte da
nossa natureza e funcionamento.
A complicação está na atitude que podemos ter quando agimos
por ela.
Geralmente fazemos tudo errado quando estamos com muita raiva. E só
vamos constatar isso depois que a raiva passou.
Então é legal aprendermos a domá-la.
Se pudermos entendê-la melhor, podemos melhor administrá-la.
Primeiro, estando atentos e observando quando a sentimos.
Segundo, não negando que estamos com raiva.
E terceiro, ao estarmos conscientes da emoção, podemos
escolher concentrá-la ou procurar nossa melhor forma para dar vazão a ela.
Podemos por exemplo tentar desfocar imediatamente. Começando por respirar fundo. E em seguida contando de um até 10, ou 100, ou seja, até sentir que a adrenalina baixou. E continuar respirando fundo até se sentir melhor.
O objetivo é sempre tentar parar o furor, para não agir sem controle.
Podemos também aprender a canalizar a raiva no momento de uma atividade esportiva. Basta colocar a intenção, lembrar do que dá raiva e descarregar no exercício, seja ele qual for.
Falar sobre as situações de raiva na psicoterapia é muito bom e positivo, já que é um espaço só seu, para colocar tudo para fora e sair leve, sem ser julgado, até que tenha condições para pensar com calma e elaborar o assunto.
Desabafar com alguém de confiança também pode ser uma boa saída. Ou até consigo próprio (isso
mesmo, gritar de raiva sozinho é ótimo e funciona!).
O que vale é descarregar sem prejudicar-se ou prejudicar alguém.
É bom sempre ter em mente que se conseguirmos dar vazão à raiva, eliminamos um peso que desgasta, e depois conseguimos pensar melhor e encarar as coisas de outro jeito, porque a raiva muda nossa percepção para o negativo.
É bom sempre ter em mente que se conseguirmos dar vazão à raiva, eliminamos um peso que desgasta, e depois conseguimos pensar melhor e encarar as coisas de outro jeito, porque a raiva muda nossa percepção para o negativo.
Porque raiva é carga, e guardada pode gerar desequilíbrios,
doenças.
Não é fácil domar a raiva, mas se ela é nossa, cabe a nós
conhecê-la de perto, trabalhá-la, para o nosso conforto, afinal não queremos
nos arrepender eternamente por ter agido com fúria e acabar gerando raiva de nós mesmos.
Rosangela Tavares
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