quinta-feira, 17 de março de 2016

Liberdade interior


Outro dia eu vi um vídeo na rede, muito alegre.

Era a imagem de um garoto pelos seus 12 anos, e ele dançava num tipo de arquibancada.

Era um lugar grande, lembrava um estádio de futebol. Pelo menos foi essa a impressão que tive.

Havia muitas pessoas sentadas à volta, e ele do lado de fora da linha das cadeiras, dançava.

Dançava, não, levitava!

Ele era bem gordinho e dançava ao som de uma música agitada.

Dançava de olhos fechados, se mexendo de um lado para o outro, literalmente como se ninguém estivesse olhando.

Ele estava “se acabando”, se divertindo demais, dançava como um peão girando pelo chão, sem a menor preocupação com nada.

Era impossível não sentir um prazer enorme em ver aquilo.

E a única coisa que consegui pensar enquanto assistia, foi: “Nossa, como a liberdade interior é maravilhosa! ”.

Porque a gente vê muita gente dizer ou escrever que não liga para o que os outros pensam.

Não liga mesmo?

Será que você chegaria no meio do salão de uma festa ou de uma balada e começaria a dançar do mesmo jeito que dança em casa sozinho? 

Será que você daria uma opinião franca para quem lhe pedisse um conselho esperando ouvir o que você não acha na verdade?

Porque liberdade interior é realmente de dentro para fora, é segurança, despreocupação.

E é simples, legítima, espontânea, sem peso.

Liberdade interior pode ser sair com uma roupa muito simples, porque você está querendo conforto e nada mais.

Pode ser ler um livro dentro do metrô e cair no pranto num momento emocionante da história, aproveitando a emoção.

Pode ser falar o que pensa numa roda de amigos, porque você tem a sua cabeça e a verdade é que cabe aos outros terem condição de respeitar ou não, isso é problema deles.

Liberdade interior tem a ver com um mundo interno bem resolvido, ajustado, onde o medo e o receio já ficaram para trás, num outro momento onde o que o outro pensava te influenciava mais do que sua vontade, seu desejo de poder algo, de viver algo feliz.

Liberdade interior é poder ser você o tempo todo, por inteiro, em qualquer lugar ou momento, porque o seu mundo é seu, e você faz dele o que quiser.

É se amar, se colocar em primeiro lugar no que você mesmo pensa, porque nesse caso você já aprendeu que o que mais importa na vida é ser você, dentro de você, do jeito que você decidir.

Então eu te convido a fazer uma autoanálise e responder para você mesmo como anda o nível da sua liberdade interior.

O quanto você se sente liberto, podendo se expressar exatamente como é.

E eu espero de coração que você possa dizer que se sente tão desamarrado quanto um garotinho dançando ao ar livre, na maior felicidade!

Rosangela Tavares






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