quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Entendendo o que é Perdoar



É conseguir elaborar todas as emoções negativas que tenham surgido a partir de uma situação que significou um ataque e que atingiu alguém em seu emocional.

Uma situação mais simples é mais fácil de ser perdoada, porque a carga de emoções negativas geradas é menor, mais fácil de diluir. Às vezes um pedido de desculpas do outro resolve a questão.

E quem perdoa, esquece, no sentido de que ao relembrar da situação, não é mais acometida pelo sentimento ruim que antes emergia.

Por isso, se alguém diz: "Eu perdoei, mas não esqueço", na verdade não perdoou.

Uma pessoa que foi traída conjugalmente é afetada em sua autoestima. Ela se sente arrasada e diminuída, na idéia de que o parceiro preferiu a outra pessoa que não a ela.

Nesta situação poderá conter sentimentos como raiva, decepção, mágoa, tristeza, humilhação, ficando mais difícil de ser perdoada, já que, quem for perdoar, terá que conseguir dissolver toda essa carga diversa de sentimentos intensos.

Algumas pessoas preferirão a vingança, na tentativa de se sentirem "dando o trôco na mesma moeda".

Quando somos atacados, é da nossa natureza que sintamos que o outro, o que atacou, tenha sido mais poderoso.

Significa que quem foi atacado, foi agredido, ferido, humilhado, anulado.
E perdoar nesse caso, pode dar a idéia de que se está aceitando o que o outro fez, lhe deixando com o poder, e essa idéia atinge a nossa autoestima.

Essa é a visão que o nosso ego tem da situação.   
 
É por isso que o perdão é pregado como uma das maiores virtudes, pois dependendo da condição, a pessoa sozinha não consegue passar a limpo, resolver, esquecer.

A raiva pode chegar a ser tão grande, que a pessoa escolhe conscientemente não esquecer, afirmando que nunca perdoará.

Perdoar é difícil, pois geralmente ficamos o tempo todo inconformados.

É importante que aprendamos que a raiva não modifica as situações vividas, mas ao contrário, faz muito mal a quem a carrega. 


O melhor caminho sempre será o da elaboração dos processos, para nossa libertação e saúde.  

Rosangela Tavares



quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Aprenda a ser feliz sem Preconceito


Preconceito, ao pé da letra é “formar um conceito antecipadamente”.

Preconceito é uma reação de rejeição a algo.

Ter preconceito por alguma coisa é não aceitar a existência daquilo, que num primeiro momento seria algo que contraria o seu modo de pensar.

Existe um mecanismo psicológico nosso, chamado projeção.

Em geral nós tendemos a projetar quase que o tempo todo no outro, coisas que são nossas.

Sem querer, eu sempre vou esperar que o outro goste das mesmas coisas que eu, já que elas são tão boas!

Eu posso esperar, por exemplo, que um amigo adore a camisa amarela que comprei de presente, já que aprecio o amarelo, quando na verdade é a cor que ele mais detesta.

Então, pela projeção nós tendemos a esperar que o outro seja sempre igual a nós.

Mas o problema está quando passamos a exigir que o outro e que o mundo sigam os nossos princípios e verdades.

Quem já não ouviu algo como: “Não esperava que você gostasse disso, sempre achei que tinha ótimo gosto.”, “Como assim? Você não gosta de Rock???!!!!Como você pode não gostar de Rock???!

Preconceito tem a ver com rigidez, com exigência.

O preconceituoso espera que o outro siga o mesmo caminho que o seu, suas idéias, doutrinas, ignorando a importância da individualidade, da liberdade de cada um, da riqueza que está nas diferenças.

É como se houvesse uma tentativa de controlar o mundo.

Pessoas muitas vezes tem preconceito sobre algo que nem ao menos conhecem, deixando seu ponto de vista se basear no julgamento.

Ter preconceito é gastar energia com algo que não é seu, processos que não são seus, escolhas que não tem nada a ver com a sua vida.

Ser livre de preconceitos leva à liberdade, ao aprendizado, e consequentemente a aproveitar mais a vida!


Rosangela Tavares






segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Como é estar apaixonado - explicando a Paixão


Podemos dizer que a paixão seja um encontro emocional entre duas pessoas.

É o momento onde ocorre uma grande identificação entre elas.

Mesmo inconscientemente, é como se as duas conseguissem captar uma na outra o mesmo nível de busca, desejo, de momento interno, de apreciação pela forma física da outra, pelo jeito do outro.

Nunca iremos nos apaixonar por alguém que seja muito diferente de nós. Em algum nível sempre haverá grande identificação.

Se fôssemos representar a paixão por uma imagem, talvez fosse como num desenho animado, em que os dois se olham, e um coração surge nos olhos de cada um, mesmo que isso leve algum tempo para acontecer.

Paixão é um encantamento.

E daí em diante a paixão passa a ser um exercício para elevar a autoestima um do outro, seja com a expressão do afeto em abraços e beijos, da admiração declarada, dos presentes. É uma troca mútua, como se fossem a mesma pessoa, correspondendo uma às expectativas da outra, perfeitamente.

Então, a paixão se dá pelo reconhecimento e afinidade.

No amor, semelhantes se atraem.

É como se, mesmo sem saber tudo sobre o outro, tivessem percebido o quanto são parecidos em níveis profundos.

E é por isso que a paixão é sentida como algo tão maravilhoso, o ápice do bem estar, pois ambos se sentem importantes, aceitos, desejados, e a frase “Eu não sei mais viver sem você” indica para o outro que ele é a pessoa mais fantástica do mundo.

Quem não se sentiria incrivelmente bem com tudo isso?

Pensar no outro a todo o momento passa a ser uma forma de lembrar o quanto está sendo bom e especial para alguém.

Estudos comprovam que na fase da paixão, que dura em média dois anos, substâncias e reações novas ocorrem nos cérebros, colaborando para a sensação de prazer.

Mas em algum momento este êxtase vai passar, e então se poderá avaliar os pontos fortes que realmente farão a diferença para se manterem no relacionamento.

Mas este é um outro tema...

Rosangela tavares





sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Por que enfrentar o problema é o caminho mais correto


Você já deve ter ouvido algo como: “Pare de fingir que está tudo bem, você sabe que não está”.

Frases assim sugerem situações onde alguém está negando uma realidade.

Negação é um dos mecanismos de defesa do nosso psicológico, entre muitos.

Algumas pessoas o usam sempre, sem perceber.

A negação basicamente nos ajuda a não entra em contato com algo dolorido, conflitivo, com o qual imaginamos que não saberemos lidar, que será terrível, que é melhor evitar. Ou seja, funciona para nos manter distantes do sofrimento.

Alguém pode, por exemplo, viver num relacionamento problemático, e mesmo cansado, fingir que está tudo bem, evitando inclusive qualquer tentativa de conversa sobre a relação, para não ter que admitir que seu processo com o outro já acabou, esvaziou, que não tem mais jeito.

Pessoas podem negar que são traídas, para não terem que enfrentar uma separação, não terem que se sentir rejeitadas, menosprezadas.

A negação, em casos mais graves, pode implicar em negligência (quando por exemplo uma mãe nega que o filho está sofrendo abuso). Ela finge que não vê, “dá um jeito” de não entrar em contato com essa verdade, tamanho o pavor de encará-la.

Negar nem sempre é a melhor saída, apenas adia se ter que resolver algum conflito, além de que, quem vive insatisfeito e aguentando sozinho um processo, pode adoecer. Isso sem considerar a energia gasta para reprimir a emoção real e intensa, que lá no fundo já existe, só está bloqueada.

Existe um ditado que diz: “A verdade é libertadora”, que eu considero muito coerente, já que enfrentar uma situação e resolvê-la pode ser um caminho bem mais curto para a liberdade e alívio, e certamente muito mais sensato do que manter-se num conflito difícil, dispendendo energia para não encará-lo, correndo o risco de adoecer e ter que arcar com consequências muito maiores, perda de tempo e oportunidade de mudar de vida, perdas irreversíveis.


A verdade é uma só, e ser realista pode ser saudável neste sentido.


Rosangela Tavares

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Desculpe o atraso!


O nosso jeito de nos comportarmos sempre mostrará como somos por dentro.

É comum encontrarmos pessoas que não conseguem manter uma vida organizada, parece que estão sempre correndo, perdidas, com seus quartos ou casas bagunçados, objetos sempre esquecidos, projetos atrasados, amigos à espera daquele retorno, e não conseguem sequer marcar aquele médico do qual estão precisando, se deixando descuidadas, sempre alvoroçadas.

Chega a parecer que, mesmo que se esforcem muito, não conseguem ajeitar sua vida.

Existem pessoas que mudam seus horários de trabalho para poderem não chegar mais atrasadas e o que acontece é que elas continuam atrasadas.

Estamos falando de pessoas desorganizadas internamente.

Por mais que tentem colocar as coisas em ordem no externo, no físico, elas não conseguem, podem até fazer um esforço, organizar tudo, mas logo a bagunça se reinstala.

E isto pode significar o quanto seus processos internos e suas emoções podem estar “fora do lugar”.

É muito interessante ver pacientes que iniciam a terapia e depois de um tempo sentem vontade de arrumar seu guarda-roupa, sua casa. É como se as coisas começassem a andar, indo para seus devidos lugares.

Pessoas internamente desorganizadas podem parecer sempre cansadas, acabam gastando uma quantidade enorme de energia extra, o que não aconteceria se tudo estivesse melhor disposto dentro delas.

E toda essa desarrumação refletirá infalivelmente em suas relações, com o trabalho, com os parceiros, os filhos, os planos de vida.

Não temos como saber onde esse desconcerto começou, ou por quê, mas o que importa é que uma pessoa que vive assim, dificilmente realizará coisas plenamente, planejadamente, porque a anarquia  é na verdade profunda.

Enquanto não perceberem que o desalinho é algo de dentro, tudo voltará a sair do controle.

De qualquer forma, só a terapia psicológica pode não resolver. Provavelmente se fará necessário aplicar exercícios comportamentais, treinamentos para a organização, fazendo um processo paralelo aos ajustes internos.

Você pode justificar sua desorganização pela correria do dia-a-dia, mas saiba que a rotina nos ajuda a nos organizar por dentro e por fora.

Quanto mais ajustados estivermos emocionalmente, menos ansiedade viveremos, e isto pode nos permitir realizar as atividades rotineiras com calma e ordem.


Rosangela Tavares