Podemos dizer que a paixão seja um encontro emocional entre duas pessoas.
É o momento onde ocorre uma grande identificação entre elas.
Mesmo inconscientemente, é como se as duas conseguissem captar
uma na outra o mesmo nível de busca, desejo, de momento interno, de apreciação
pela forma física da outra, pelo jeito do outro.
Nunca iremos nos apaixonar por alguém que seja muito
diferente de nós. Em algum nível sempre haverá grande identificação.
Se fôssemos representar a paixão por uma imagem, talvez
fosse como num desenho animado, em que os dois se olham, e um coração surge nos
olhos de cada um, mesmo que isso leve algum tempo para acontecer.
Paixão é um encantamento.
E daí em diante a paixão passa a ser um exercício para
elevar a autoestima um do outro, seja com a expressão do afeto em abraços e
beijos, da admiração declarada, dos presentes. É uma troca mútua, como se
fossem a mesma pessoa, correspondendo uma às expectativas da outra,
perfeitamente.
Então, a paixão se dá pelo reconhecimento e afinidade.
No amor, semelhantes se atraem.
É como se, mesmo sem saber tudo sobre o outro, tivessem
percebido o quanto são parecidos em níveis profundos.
E é por isso que a paixão é sentida como algo tão
maravilhoso, o ápice do bem estar, pois ambos se sentem importantes, aceitos,
desejados, e a frase “Eu não sei mais viver sem você” indica para o outro que
ele é a pessoa mais fantástica do mundo.
Quem não se sentiria incrivelmente bem com tudo isso?
Pensar no outro a todo o momento passa a ser uma forma de
lembrar o quanto está sendo bom e especial para alguém.
Estudos comprovam que na fase da paixão, que dura em média
dois anos, substâncias e reações novas ocorrem nos cérebros, colaborando para a
sensação de prazer.
Mas em algum momento este êxtase vai passar, e então se poderá
avaliar os pontos fortes que realmente farão a diferença para se manterem no
relacionamento.
Mas este é um outro tema...
Rosangela tavares
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