Existe um
princípio de funcionamento nosso, chamado Princípio do Prazer.
O Princípio
do Prazer é algo que faz parte da nossa natureza, da nossa atividade central,
assim como existe o nosso instinto de sobrevivência.
Desde que
nos formamos, já vivemos pelo Princípio do Prazer, que consiste no impulso de
buscar o prazer toda a vez que surge um desprazer, um incômodo.
O bebê chora
assim que qualquer desprazer surge.
Nós buscamos
acabar com desprazer a cada vez que sentimos sede, fome, saudade, dor, frio,
calor, raiva...
E ao
desconforto mais intenso podemos chamar de sofrimento.
Toda a vez
que estamos em sofrimento, reagimos de alguma forma, seja chorando, falando,
entristecendo, dormindo, nos irritando, adoecendo.
Sempre
existirão os sofrimentos que poderemos tratar, amenizar, evitar, lidar de jeitos
diferentes.
De qualquer
forma o que mais importa na questão do sofrimento é o quanto temos capacidade
para reagir positivamente, buscando saídas, ao invés de nos recolhermos, nos
fecharmos, acabando por cair em depressão e angústia, ou ficarmos levando uma
vida sem graça, vivendo por viver.
O que mais
importa aqui, é a busca pelo prazer, por viver feliz.
Muitas vezes
quem está em grande sofrimento mal consegue ter a clareza sobre qual caminho
tomar, mas independente disso, em geral sempre haverá um caminho para a mudança.
Algumas
pessoas se acostumam a um estado de sofreguidão, e vão seguindo, se lamentando
todo o tempo, mas não fazem nenhum movimento para a mudança. E por incrível que
pareça, algumas delas precisam desse sofrimento, pois é o sentido que deram
para suas vidas.
Aprender a
lidar com o sofrimento é algo que alcançamos quando criamos recursos internos,
que são descobertos e desenvolvidos a partir do autoconhecimento.
A
Psicoterapia, por exemplo, é um dos caminhos para este trabalho.
Quanto mais
nos conhecermos, mais teremos condições de estar preparados para lidar com os
processos da vida.
Sofrer pode
ser uma escolha, mas é importante termos claro, que só depende de nós para
encontrarmos o alívio. Não vale a pena escolher a dor.
Rosangela Tavares
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