Você já parou para imaginar o seu mundo sem medos?
Imagine que você poderia saltar de paraquedas e se divertir
demais.
Ou então dormiria tranquilo todas as noites para poder descansar
melhor e dar conta da organização necessária para acertar seu orçamento.
Ou chegaria sem nenhum receio para o seu chefe, batendo um papo amigável,
explicando que precisa ganhar mais.
Nós vivemos sempre em meio a muitos medos, e nem nos damos conta
do quanto.
Eu costumo chamar alguns medos, de medos irracionais.
É muito interessante pensar nos primeiros medos da nossa vida.
Quando uma criança tem medo de algo, ela imediatamente grita a
mãe.
Se ela viu ou ouviu alguma coisa que lhe causou temor, não tem
recursos internos para lidar com aquilo. Ela é tomada pelo medo.
Então a mãe vem, a afaga, e depois que ela se acalma, a mãe
nomeia para ela o que aconteceu: “Calma, foi
só um avião que passou. Ele não faz nada de mais, é só um barulho. Não precisa
ter medo, quando ele passar de novo, você pode tapar os seus ouvidos e logo ele
vai embora, está bem?”.
A mãe esclarece, ajuda a criança a construir sua segurança
interna, mostrando os recursos que ela pode usar.
Pensando em nós, adultos, muitas vezes tendemos a agir da mesma
forma, apavorados diante dos problemas, como uma criança sem ferramentas.
Tememos uma situação, sofremos por ela, e não paramos para nos
perguntarmos qual é realmente a causa para tanta tormenta.
Ficamos paralisados, perturbados sem conseguir prosseguir, resolver.
O medo fica maior que a razão.
Mas a diferença é que como adultos mais experientes já temos condições
para analisar as coisas, precisamos apenas nos manter centrados, no melhor
equilíbrio que conseguirmos, e podemos aprender a prestar mais atenção em tudo
o que nos causa medo.
Pergunte-se sempre sobre o seu medo diante de alguma situação.
Analise se ele é realmente do tamanho que precisa ser.
Se pergunte qual a pior consequência que a situação em questão
pode trazer, se o medo não está desproporcional, se não tem a ver com uma
situação do passado, quando você realmente não tinha condições de enfrentar
sozinho, na impotência da infância.
Veja se não está exagerando pela fantasia, porque os medos podem
sim, crescer na fantasia, então sofremos pela fantasia horrorosa de um fim de
mundo, quando o mundo não vai acabar.
Em algum momento da vida podemos ficar realmente perdidos num
mar de medos, precisando de ajuda profissional para resgatar nosso controle.
No mais, nós podemos nos esforçar para racionalizar os medos, pensar
melhor, esclarecer as razões do desespero e nos acalmarmos, enxergando melhor a
situação, dando-lhes o peso devido.
Tudo na nossa vida passa primeiro pelo nosso emocional.
Identificando, nós podemos interferir.
Muitas vezes precisamos resolver primeiro dentro, para depois
darmos conta fora.
Rosangela Tavares
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