quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Seu amarelo é igual ao meu?


Como você imagina uma pessoa que ainda não conhece?

Ou então o sabor de um prato que ainda vai experimentar?

E as outras pessoas? Será que elas imaginam igual a gente?

Representar elementos é um mecanismo essencial para nossa vida como um todo, começando pelo nosso mental.

É algo que acontece automaticamente, não precisamos nos preocupar.

As representações começam a ser gravadas desde que nascemos e começamos a ter condições para isso.

O bebê olha para a mãe e quando já consegue “gravar” que essa mãe existe, é porque ele já conseguiu montar uma representação sobre ela dentro de seu mental.

Nossas representações são muito interessantes.

Se alguém lhe disser “pense agora em uma estrela amarela”, provavelmente você imaginará a forma e a cor de uma estrela amarela, assim como vemos num desenho, pois você num dado momento foi apresentado à figura de uma estrela amarela e gravou isso em seus arquivos, para identificar toda a vez que vir uma estrela amarela.

Mas e se alguém lhe disser “pense na emoção da tristeza”, como é a representação que você criou em sua mente para buscar tristeza?

Ou então, como é a representação que você criou para uma fragrância?

E para um tipo de som? Como você imagina um certo som?

E o vento? Como você imagina o vento, dentro da sua cabeça?

Se ouvirmos sobre algo que ainda não conhecemos, ainda não teremos uma representação formada para aquilo, então tenderemos a buscar uma representação que pareça ter a ver com aquilo, por exemplo, você já viu uma fruta pão? Se não, provavelmente imaginará a imagem de um pão, já conhecida.

Se você tiver que representar algo muito amplo, talvez o faça através da imagem da palavra, por exemplo, como é sua representação para Vida

Talvez você imagine mesmo a palavra vida, porque é amplo demais para representar, é subjetivo. Ou não. 

Cada um vai criar muito particularmente suas representações, seus símbolos.

E o mais interessante e curioso é tentar imaginar como devem ser as representações criadas dentro de cada um, para tantas coisas que encontramos na vida. Você pode estar conversando com um amigo sobre a mesma coisa, mas cada um estará imaginando um símbolo diferente.

Nunca teremos como saber, por exemplo, como o amigo representa aquela música que vocês adoram.

Sem as representações, registros devidamente definidos, seria impossível mantermos uma estrutura mental saudável, até mesmo de raciocínio, não poderíamos sobreviver assim.

O nosso interior é de uma riqueza muito grande, de memórias, impressões, associações, processos quase impecáveis.

Somos de um infinito perfeito, uma máquina complexa, com funcionamentos automáticos espetaculares.

Conhecer mais sobre ela sempre será uma forma de podermos aproveitar mais de todos os recursos que ela pode nos oferecer, e isso ao toque do botão do pensamento!

Rosangela Tavares





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