Chega logo sexta!
Chega logo amanhã, chega logo a distância do hoje.
Vejo as pessoas almejando os últimos dias da semana, e no
início da próxima o ciclo se repete.
Mas...e o hoje?
Você não é feliz hoje?
Você não gosta do que faz hoje?
Você não tem motivos para estar feliz no presente?
Como sempre escrevo, a felicidade é muito mais um estado
interior. E ela pode estar apenas na paz, no equilíbrio, na vida mais
preenchida.
E o que você faz para ser feliz e entusiasmado naturalmente?
Porque quando precisamos de incentivos externos para
vivermos bem, então não estamos sendo espontaneamente felizes. Estamos
procurando motivações do lado de fora para termos prazer. Estamos nos agarrando
numa idéia futura para aguentar o agora.
E é claro que não é uma questão de dia de semana.
Se a vida só vale a pena na espera pela festa, alguma coisa
pode estar errada em relação à alegria (verdadeira) de viver.
Talvez haja uma dificuldade em admitir que não faz se o que
gosta, e seja imensamente difícil encarar a frustração de não ter batalhado o
que queria, mesmo ainda tendo tempo para isso, porque ter tempo é igual a estar
vivo, se estamos vivos, ainda dá tempo.
Talvez haja um desânimo por não estar se relacionando
afetivamente com alguém, e assim o que vale é a “Hora-Feliz” diante de uma
bebida com os amigos.
Mas e depois? E os minutos que você vive só com você,
enquanto trabalha? Enquanto vai para casa no final do dia? Quando vai dormir?
Enquanto isso a vida vai passando.
A satisfação não tem dia da semana, nem época, nem hora.
É maravilhoso quando ela faz parte de nós.
Talvez a mudança tenha que ser feita no nosso calendário do
coração, dos sentimentos, dos desejos autênticos e a batalha por eles, dos
objetivos que realmente nos levarão a motivos que podem preencher com motivação
e alegria...todos os dias.
Rosangela Tavares