O Inconsciente é uma "ala" dentro da nossa estrutura mental.
É subjetiva, como tudo o que tem a ver com nossa mente e pensamentos.
É subjetiva, como tudo o que tem a ver com nossa mente e pensamentos.
Ele é como um baú, um arquivo com espaço infinito para os
nossos registros.
O mais interessante sobre o baú do Inconsciente, é que
dentro dele as memórias giram, elas são atemporais.
E isso pode ser o mais interessante, mais importante, e mais
perigoso também.
Tudo o que vivemos, cada sensação, cada impressão de cada segundo
experimentado estará guardado ali, com menos ou mais energia, significado e
força, mas estará.
E esse processo inclui nossas memórias e sensações desde a
condição intra-uterina, isso já foi estudado e comprovado teoricamente.
Mas o que vai fazer toda a diferença para a nossa vida e
saúde emocional, é a qualidade desses registros, pois bons ou ruins, suas
impressões poderão emergir em momentos da vida, vibrando e interferindo no nosso
presente, mesmo que não queiramos.
Muitas vezes não nos conheceremos o suficiente para
identificar que aquela dificuldade diante de um desafio profissional teria a
ver com uma vivência antiga da escola, quando uma professora fez tudo ser mais
difícil.
Não conseguimos identificar que o fato de não conseguirmos
um bom relacionamento afetivo tem a ver com um juramento inconsciente feito por
nós mesmos, quando éramos muito pequenos e vimos os nossos pais brigarem feio
sempre.
Não conseguimos relacionar o medo de crescer e assumir a
própria vida, com a velha frase do pai, que repetia há muito tempo atrás: “Aproveite mesmo a infância, porque ser
adulto é só problema”.
Nesse sentido o autoconhecimento, a busca pelo sentido de
como somos a fundo, pode fazer muita diferença.
Quando passamos a entender com detalhes as emoções
inexplicáveis de agora, as dores (emocionais) que surgem sem sabermos por que,
então podemos compreender a relação entre os registros, e os porquês dos medos,
dos conflitos, dos pânicos, das limitações.
O Inconsciente não perdoa, ele funciona implacavelmente,
registrando nossos passos, e em qualquer tempo elementos dele se relacionarão
de perto com o nosso presente.
Somos de certa forma escravos de um Inconsciente.
A boa notícia é que ele faz parte de nós, e que existem meios de conhecê-lo, desvendá-lo, entendê-lo melhor, e de certa forma interagir mais amigavelmente com ele, à medida que
nos desenvolvemos.
E para isso o autoconhecimento sempre será o caminho mais efetivo, que nos dará recursos e instrumentos para isso.
Quem não conhece essa parte de nós, tão complexa, gigante e real, corre o risco de, como se diz popularmente, apanhar sem saber por que.
Quem não conhece essa parte de nós, tão complexa, gigante e real, corre o risco de, como se diz popularmente, apanhar sem saber por que.
Rosangela Tavares
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