Os psicoterapeutas falam muito sobre os tais movimentos
padrões.
Na verdade é algo muito importante para se conhecer.
Nós costumamos viver o nosso dia a dia automaticamente.
Vivemos nossos relacionamentos como achamos melhor, e assim levamos a nossa
vida.
Mas o que às vezes conhecemos muito pouco sobre nós, são os
nossos movimentos padrões.
Movimentos padrões são os nossos comportamentos repetidos
inconscientemente, condicionados até, o nosso jeito de nos posicionarmos, de
reagirmos, de lidarmos com os eventos da vida.
Por exemplo:
Você é uma pessoa que enjoa fácil das coisas?
Se sim, então é muito provável que você enjoe daquela
música, daquela comida, daquela relação, daquela rotina, daquele trabalho,
daquele objeto... E se depois de um tempo você “desenjoa” e volta a escutar
aquela música, pode ser também que depois de um tempo volte a comer aquela
comida, volte a pensar naquele relacionamento, repense o tipo de trabalho,
volte a usar aquele objeto. E o ciclo se repete.
Você é uma pessoa que nunca acaba algo que começa?
É provável que comece um curso e não termine, que faça uma
promessa para você e não consiga cumprir, que comece uma relação e não a
trabalhe o suficiente para mantê-la, que não dê continuidade num tratamento de
saúde, que comece o dia na intenção de realizar algo e no final não realize.
Nós nos comportamos e reagimos de forma parecida com tudo o
que nos relacionamos, seja com objetos, pessoas, empregos, planos, decisões,
tudo.
E como não conseguimos perceber com clareza o que fazemos,
acabamos por viver consequências sempre parecidas, resultados parecidos, muitas
vezes negativos.
Se eu desanimo no primeiro obstáculo para realizar uma
receita de culinária, é provável que desanime diante de uma dificuldade num
curso, num passeio, num plano.
Quando nos conhecemos melhor, conseguimos identificar a
forma como funcionamos e nos comportamos nos processos, então fica mais fácil
separar as dinâmicas, e interferir, podendo assim ajustar os movimentos, mudar
os velhos jeitos, melhorando a vida.
Uma pessoa que toma atitudes precipitadas pode sempre fazer
uma escolha errada, seja de um prato no restaurante, um emprego inadequado,
assumir algo que não consegue dar conta ou até partir para algo mais complicado
de ser resolvido, como jogar tudo para o alto no trabalho e abrir um negócio
que não dará certo, pois não tem o perfil para atuar naquilo.
E as experiências não necessariamente farão a pessoa mudar,
já que ela não percebe como fez. Ela pode se arrepender após cada experiência,
sem ligar uma coisa à outra, já que desconhece seus padrões de comportamento.
Por isso é tão importante nos autoconhecermos, e saber que
os nossos movimentos padrões ocorrem o tempo todo, e podem nos trazer efeitos
bons ou não.
Estando conscientes de como atuamos, nos auto orientamos, e
isso faz toda a diferença para uma vida mais feliz, com resultados felizes.
Rosangela Tavares
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