Parece que deixar de julgar está entre as coisas mais
difíceis do nosso comportamento.
Nós julgamos o tempo todo.
Julgamos ao maldizer o motorista que nos ultrapassou
rapidamente logo de manhã, quando íamos para o trabalho. Não tivemos como
saber, por exemplo, que ele corria com alguém para o hospital.
Julgamos quando não conhecemos alguém de perto, e nos
deixamos comentar: “O fulano é tão
estranho, ele parece ser muito antipático”.
Julgar é exatamente isso: tirar conclusões e definir coisas
diante de aparências.
Quem já não teve um bom amigo, que a princípio lhe pareceu
uma pessoa tão diferente?
Quando julgamos, podemos estar rotulando, e quando rotulamos
fechamos as possibilidades para considerar positivamente, realmente, conforme a realidade
for se colocando.
E quantas conclusões erradas poderemos tirar, em qualquer
tipo de situação.
Quantos erros poderemos cometer concluindo diante de
impressões superficiais.
Quanto sofrimento poderemos viver em vão, padecendo por algo
que não era real, que apenas parecia.
Julgar pode ser perda de tempo, de energia.
É dispender de emoções e sentimentos antecipadamente.
É falar sem ter certeza, achar sem ter confirmações.
É importante que aprendamos a prestar atenção no quanto
tendemos a julgar, e em geral, para o mal. Poucas vezes julgamos para o bem.
Parece algo cultural, costumeiro, contagioso.
Exercitar o não julgar é um exercício benéfico, algo que pode permitir nos conhecermos mais
a fundo, observarmos como funcionamos, pode fazer-nos crescer e nos sentirmos
melhores. Pode nos amadurecer.
Pense nisso.
Tente observar as vezes em que julgar, e registre o número
de erros que cometerá.
Deixemos para os juízes a laboriosa função de julgar. Eles
precisam, nós não.
Rosangela Tavares
Excelente!
ResponderExcluir